O novo Bar d’Hôtel: aos 10 anos, restaurante do Marina ganha de presente a chef Maria Victória

Depois de uma rápida reforma reabriu há uns dez ou quinze dias, meio na encolha, o Bar d’Hôtel. As obras aconteceram também para marcar as comemorações de dez anos do restaurante no Marina All Suítes, com uma das melhores vistas da praia do Leblon (escolha uma mesa como essa aí, colada à janela: mas ligue reservando antes).

Eu gosto do estilo moderninho, algo meio cult, do hotel, como neste lounge que fica em frente ao elevador. Assim como no Oro, recém inaugurado pelo Felipe Bronze, no novo Bar d’Hôtel o uniforme dos garçons também foi desenhado por um estilista, no caso, Carlos Tufvesson, e a iluminação é assinada por Maneco Quinderé (o cara está em todas, parece o Vik Muniz).

A decoração tem espelhos no teto. Sabe pra quê? Pra gente poder observar a comida do vinho. Humm, que boa ideia. Gostei do grafite que ocupa toda a parede onde estão os elevadores. Mas o que importa é a cozinha. E a chef Maria Victória, ex-Montagu e Astoria, foi o maior presente que o restaurante ganhou no seu aniversário de dez anos. Ela aposta em criações simples, que valorizam os principais  matérias-primas de cada receita, com pratos confortáveis, sempre com referêcias clássicas, a culinária da vovó.

“Gosto da nitidez dos ingredientes”, ela me disse.

Pegamos o elevador e logo chegamos ao restaurante onde também é servido o café da manhã no ano passado eu dormi duas noites no Marina, e os dois cafés da manhã que fiz ali, coladinho à janela, logo após dar um mergulho fantástico, foram antológicos.

Começamos com uma versão do chopinho da casa, na verdade um drinque de frutas com um creminho por cima: neste caso era de manga com espuma de limão. Também apreciamos o clássico chope de maracujá (caipivodca de tangerina e espuma de mel, limão e gengibre).

O circuito começou com esses dois rolinhos aí de cima: de parma com aspargos e azeite de trufas e de presunto, rúcula e pesto.

Ao mesmo tempo vieram essas duas colherinhas com tartar: um de atum com mel e gergelim (que adorei e vou repetir rm casa) e outro de salmão com laranja.

Foi quando mandamos o barman preparar mais dois drinques.

Depois de bebê-los pedimos uma tacinha de vinho para acompanhar a parte mais séria do menu. Tacinha, não, ali não há, mas apenas algumas garrafinhas daquelas de 187 ml, uma solução que tem o meu apoio para restaurantes mais informais, como é o caso do Bar d’Hôtel. Primeiro um branquinho honesto escoltou mais uma duplinha, esta de escondidinhos: um de bacalhau, num estilo meio brandade, e outro de camarão com cogumelos, meu preferido, que também vou tentar fazer aqui em casa.

Eis que chega um pratinho comprido com queijo coalho grelhado e essas fatias aí de outro queijo que agora me foge da memória, servidos com uma espécie de mel de romã bem espesso, reduzido.

A etapa seguinte foi de imenso prazer: uns tentáculos de polvo com batatinhas, tomates-cereja e um molhinho de azeitonas pretas que fazia toda a diferença. Adoro polvo, ainda mais assim, macio, mas tostadinho por fora, no ponto certo de cozimento, com alguma crocância e muita fofura.

Nesta altura pedi uma garrafinha de tinto. Porque a coisa começou a esquentar.
Também sou louco por pato. E sei reconhecer só de ver quando um magret foi bem executado, como foi o caso deste filé que, a exemplo do polvo, também tem uma crosta crocante resultado de bom tempo de grelha, mas no caso da ave, a principal virtude interna, além da maciez, é outra: a coloração…

… rosada, como se pode perceber vendo assim. O pato estava mesmo muito bom, valorizado pelo molho denso de mostarda, com muita personalidade, ganhando o conforto deste nhoque que, na verdade, é uma espécie de bolinho de batata, com massa levinha, frita em óleo bem quente, ganhando uma gostosa crocância em contraponto à cremosidade do miolo.

Ainda houve tempo para provarmos essa panelinha aí, onde assaram umas lascas de cogumelo.

Encerramos o confortável e gostoso percurso assim, como esses adoráveis profiteroles, com massa de cacau e recheio de sorvete de baunilha, servidos com calda de chocolate  e creme inglês. Beleza.

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3 Respostas to “O novo Bar d’Hôtel: aos 10 anos, restaurante do Marina ganha de presente a chef Maria Victória”

  1. Índice de posts de bares e restaurantes na cidade do Rio de Janeiro « Rio de Janeiro a Dezembro Says:

    […] Bar d’Hôtel […]

  2. Rafael Romeiro Says:

    Ler isso antes do almoco eh tortura. Espero que o atendimento do Bar d’Hotel tb tenha melhorado. Na minha unica experiencia, ja ha algum tempo, canacelei os pedidos, levantei e fui embora, de tao ruim o atendimento.

  3. bethania alfaia Says:

    um site compra coletiva que teria maior praze em divulgar alguma promoção sua para o rio todo e niteroi toda conhecerem seu restaurante belissimo.

    atenciosamnte

    bethania alfaia.
    http://www.clubdaoferta.com.br.

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