Archive for the ‘Hotéis e pousadas’ Category

A torradinha Petrópolis com ovo “escondidinho” do hotel Quinta da Paz: memorável

10/06/2011

O resultado final é esse aí: o ovo, acomodado debaixo da tampinha, é como se fosse a cereja no bolo de um café da manhã muito gostoso

Ontem publiquei no Boa Viagem uma matéria sobre a Região Serrana, tratando basicamente das áreas afetadas pelas chuvas em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, como o Vale do Cuiabá. Passei um fim de semana em cada cidade, começando por Petrópolis, onde me hospedei na Quinta da Paz. Gostei muito do lugar. O hotel fica num platô com vista privilegiada para as montanhas. Tem quartos confortáveis e espaçosos. E um time de funcionários muito simpáticos e eficientes. Mas o que me conquistou, e que me fará sempre lembrar de lá, foi algo que parece bobagem: uma simples torradinha Petrópolis, um clássico da cidade adorado pelos cariocas deve haver cerca de um século.

Acho que todos sabem do que se trata: um pão de forma com massa leve e fofa no estilo brioche é cortado em fatia alta, coisa de dois ou três dedos de espessura e preparado na manteiga, polvilhado de parmesão. Loucura total.

A prepraração: saca-se um pedaço redondo do miolo, espeço perfeito para encaixar o ovo, veja só

A receita é preparada na hora no café da manhã do hotel, que é ótimo por vários aspectos: é servido numa sala pequena, com linda vista para o jardim com pássaros coloridos e cantarolantes, tem uma boa variedade de pães, frutas, bolos, cereais e frios – e até um espumante para quem quiser abrilhantar a manhã – e tem uma estação na qual são feitos na hora – por uma moça muito simpática – ovos, sanduíches e a tal torrada Petrópolis. Sem contar – detalhe importante – que a louça é toda da cerâmica Luiz Salvador. Pelo conjunto da obra, um despertar sensacional.

Sábado de sol: um café com torradas especial, inclusive por conta das cerâmicas com assinatura de Luiz Salvador

Mas, como dizia, foi a tal torradinha que me enfeitiçou. Logo que chegamos para o café de sábado, o melhor dia da semana, a copeira cordial perguntou se queríamos uma torradinha Petrópolis. Estado na cidade, a oferta se torna ainda mais irrecusável. Aceitamos, e ela perguntou se queríamos a versão tradicional ou a “escondidinha”.

Então, ela explicou que essa era a especialidade da casa, feita com um ovo colocado dentro de miolo de pão. É tirada uma tampinha redonda, onde o ovo – caipira, claro – é acomodado. Ele vai endurecendo ali, com o calor. Mas chega à mesa com uma redondora gema mole, que causa aquele efeito fenomenal quando se junta aos carboidratos (pode ser arroz, massa etc).

Essa manhã, que poderia ser banal como quase todas, acabou sendo uma ocasião memorável.

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Todas as histórias da África do Sul

26/05/2011

 

Uma zebra em Pilanesberg, uma dos safáris mais acessíveis da África do Sul, a pouco mais de duas horas de carro a partir de Johannesburgo

Hoje foi publicada no Boa Viagem a matéria sobre Johannesburgo e o safári em Pilanesberg. Essa foi uma das melhores viagens da minha vida, diferente de todas as outras. Amei.

Então, resolvi deixar aqui, além do link para a matéria, também para todos os posts, nos três blogs que atualizei durante a viagem.

Primeiro, os posts aqui no Rio de Janeiro a Dezembro:
O meu primeiro safári
As cervejas sul-africanas: não deixe de prová-las
O Rio de Janeiro e a Cidade do Cabo: (quase) nada a ver
Cape Malay, a cozinha típica da Cidade do Cabo
O kudu e outros sabores sul-africanos
A caminho da África do Sul: apesar de o almoço no Mocoté ter furado, o blog tá animadão

No Blog de Bordo:
A despedida (de gala) da África do Sul
Fotoblog em Pilanesberg: dois dias e três safáris em 20 imagens
Emperos Palace: miniatura de Las Vegas ao lado do aeroporto de Johannesburgo
África do Sul quer mais turistas brasileiros
Fotoblog: na Cidade do Cabo, um almoço da autêntica cozinha Cape Malay
Fire and Ice: um hotel moderno e malucão
Pedaladas por Soweto
A caminho da África do Sul

 Na Enoteca:
Nomes estranhos, vinhos e girafas
– Fotoblog: vinhos e vinhedos de um dia saboroso na Cidade do Cabo e arredores
Nebbiolo e outras castas começam a ser cultivadas na África do Sul
O Cape Tawny e outros belos vinhos sul-africanos servidos no avião
Antes da Pinotage, um Bordeaux

Jantares solidários: nunca foi tão saboroso ajudar as vítimas das chuvas na Região Serrana

09/02/2011

Restaurante Leopoldina, no hotel Solar do Império, no Centro Histórico de Petrópolis: palco do jantar do sábado, dia 19, com renda 100% revertida para os desabrigados

A trajédia na Região Serrana está prestes a completar um mês (foi no dia 12/01). Quase não há mais notícias nos jornais. Isso não significa que a população não precise de mais ajuda. Pelo contrário. Ainda são necessários mantimentos, itens de higiene pessoal, água, roupa de cama, conchonetes… Ajuda em dinheiro também.
Há várias maneiras de aliviar o sofrimento da população. Entre elas, viajar, movimentando as economias dessas cidades, tão dependentes do turismo. Tenho recebido muitos apelos de donos de hotel, lojas e restaurantes, dando conta que a vida está voltando ao normal, mas os turistas sumiram. Vamos subir a serra, pessoal?

Há outras maneiras de ajudar além das doações. Maneiras saborosas, diga-se. No fim de semana dos dias 19 e 20 acontecem dois eventos para arrecadar dinheiro para as vítimas, um no Rio, outro em Teresópolis. São duas ótimas oportunidades de ajudar e ter prazer, porque além da sensação deliciosa que fazer o bem nos traz, alguns dos chefs mais incríveis desse país vão preparar dois jantares com renda totalmente revertida para a população afetada pelas chuvas.

O hotel Solar do Império, em Petrópolis, organiza no dia 19, sábado, um jantar com vários chefs, uma seleção só com craques das panelas, como Danio Braga, Nao Hara e Frederic de Mayer. Vai ser mais ou menos assim (o menu ainda não está 100% fechado). O couvert fica por conta de Claudia Mascarenhas, que comanda a cozinha do restaurante Leopoldina, localizado no hotel. Trata-se de uma cestinha de pães variados, feitos na casa, para serem apreciados com azeite temperado, pastinha de cream cheese com jabuticaba e verrines de gazpacho e creme de abacate com camarão. A primeira entrada traz a assinatura de Danio Braga: uma salada de truta defumada em leito de shitakes e palmito fresco com vinagrete de tomate e manjerona. E a segunda, de Damien Montecer (que ainda não decidiu o que vai servir). O primeiro prato principal é criação de Nao Hara, que vai preparar um bacalhau em crosta de azeitonas com mousseline de barôa e azeite de trufas. Já o segundo prato principal foi um trabalho conjunto de pai e filho, Marcos e Thiago Sodré, do Sawasdee, que também ainda não definiram o que vão servir. Para a sobremesa foram escalados José Hugo Celidônio (que ainda não elegeu a receita) e Frederic de Mayer, que vai honrar a sua origem belga, apreentando uma torta mousse ao chocolate belga com brownie e crocante de nozes, geleia de maracujá e framboesa e creme gianduia. O jantar será harmonizado com vinhos Dal Pizzol. Começa às 21h e custa R$ 250. Mais informações no (24) 2103- 3000 ou (24) 2242-0034.

No dia seguinte, domingo (20/02) acontece no Rio de Janeiro uma das maiores reuniões de chefs já vistas neste país. Sente só a escalação, por ordem alfabética.
1. Alessandro Cucco (Osteria dell’Angolo – RJ);
2. Alex Atala (D.O.M – SP);
3. Bel Coelho (Dui – SP);
4. Christophe Lidy (Garcia&Rodrigues – RJ);
5. Claude Troisgros (Olympe, CT Brasserie, CT Boucherie, 66 Bistrô – RJ);
6. Damien Montecer (Terèze – RJ);
7. Danio Braga; (Locanda della Mimosa – RJ);
8. Dominique Guerin (Le Pré Catelan – RJ);
9. Emmanuel Bassoleil (Skye – SP);
10. Francesco Carli (Cipriani);
11. Felipe Bronze (Oro – RJ);
12. Frédéric de Mayer (Eça – RJ);
13. Frederic Monnier (Brasserie Rosário – RJ);
14. Flávia Quaresma (Rio de Janeiro);
15. José Hugo Celidônio (Clube Gourmet – RJ);
16. Jun Sakamoto (Jun Sakamoto – SP);
17. Luca Gozzani (Fasano – RJ);
18. Roberta Sudbrack (Roberta Sudbrack – RJ);
19. Roland Villard (Le Pré Catelan – RJ);
20. Samantha Aquim (Buffet Aquim – RJ);
21. Thomas Troisgros (Olympe, CT Brasserie, CT Boucherie, 66 Bistrô – RJ).

Os vinhos ficam por conta da doce Cecilia Aldaz, do Oro. E o serviço, com Jean Pierre Fivria (Le Pré Catelan), Ricardo Zaroni (Fasano al Mare), Raul de Lamare (Oro) e Danielle Dahoui (Ruella).

Só tem fera.

Tudo começa às 18h30, no terraço do Fasano, com coquetel na beira da piscina, com champanhe. Quer algo mais chique. Para completar, um pocket show. E vale lembrar: está na hora do pôr-do-sol (e pôr-do-sol na piscina do Fasano é algo lindo, deslumbrante, ainda mais com champanhe na mão, ainda mais ajudando quem precisa). Depois os 100 convidados (número máximo, que esperamos ser alcançado) serão levados (de van, ao que parece) para o Le Pré Catelan, palco desse jantar de gala. O champanhe Deutz abre os trabalhos. Depois será servido o jantar, em cinco etapas, todo harmonizado com ótimos vinhos.
Barato não é: custa R$ 2.500. Mas a renda será 100% revertida para as vítimas das chuvas na Região Serrana.
Nunca foi tão saboroso ajudar.

Não haverá venda de convites (limitados a 100, como já foi dito) no dia. As reservas podem ser feitas mediante pré-pagamento, em cheque, dinheiro ou depósito identificado. Mais informações e reservas no Hotel Fasano, pelos telefones (21) 3202-4256 e 3202-4257) ou pelo e-mail penelope.fonseca@fasano.com.br.

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Convento do Carmo: Portugal na Bahia

05/02/2011

Piscina do Convento do Carmo: delícia

Nem no Antiquarius, nem na festa portuguesa dos sábados na Cadeg, em Benfica, nem mesmo em São Januário, no Centro Histórico de São Luiz ou nas cidades coloniais de Minas Gerais. Nem em Paraty ou no Parrô do Valentim. Nem tampouco com a TV ligada na RTP1. Nunca, em nenhum lugar neste país, me senti tão próximo de Portugal como no Pestana Convento do Carmo, em Salvador.

Andar pelo prédio do século 16 imediatamente traz à mente lembranças das viagens a Portugal. Mais especificamente remete aos mosteiros, abadias e conventos, especialmente aqueles que foram transformados em hotel, como a Pousada Rainha Santa Isabel, em Estremoz, ou a Pousada dos Lóios, em Évora (lá, assim como cá, os quartos ficam nas antigas celas). Acho que, para reforçar essa impressão, vou até pedir um porto branco, bem gelado, com uma lasquinha e laranja e gelo, como aperitivo.

O restaurante Conventual, dedicado à cozinha clássica portuguesa em tratamento contemporâneo, acentua essa sensação. É claro que vou almoçar um bacalhau.

Hoje no café aconteceu uma coisa engraçada. O garçom perguntou o número do meu quarto. Não me lembrava de cabeça. Cheguei tarde, já de madrugada, e com sono. Peguei a chave do quarto, e disse:

– 1586.

O garçom foi embora. E eu fiquei pensando em como soara estranho aquele número para mim. Logo o rapaz volta.

– Senhor, acho que o número do quarto é outro, o senhor deve estar confundindo.

No que olhei a chave e percebi o óbvio.

O número do quarto, 244, estava atrás, colado. O 1586 que vem gravado na frente do chaveiro, abaixo do nome do hotel, refere-se ao ano de construção do prédio, que é mesmo uma beleza, e tem uma das piscinas mais gostosas que já mergulhei. Sauna, hidromassagem, e a piscina em questão… tem até internet sem fio… Pois é, acho que desta vez, de maneira inédita, venho a Salvador e não vou à praia.

Vamos subir a serra? Alguns dos programas mais gostosos em Nova Friburgo

28/01/2011

Banho de cachoeira em Lumiar: delícia que lava a alma

Agora, para inspirar novas visitas, vamos aos programas mais gostosos de Nova Friburgo, a cidade mais afetada pelas chuvas, que teve o Centro totalmente tomado pelas águas. Não conheço tão bem a região como Petrópolis, e muito menos que Teresópolis. Portanto, mais dicas são muito bem vindas.

 
 
– Almoço sem hora para acabar no Crescente Gastronomia
– Tomar banho de cachoeira em Lumiar
– Beber as cervejas no Braun & Braun, que tem uma carta preciosa 
– Fondue no Le Bon Bec
– Um fim de semana no Parador Lumiar
– Escutar Beto Guedes cantando Lumiar
– E aproveitar o embalo para colocar um repertório bem bicho-grilo anos 70 para tocar no som
– Comprar lingerie
– Quando possível subir Morro da Cruz de Teleférico
– Ver as obras de arte vivas do Jardim do Nêgo
– Comprar muitos queijos na Queijaria Suíça
– Beber uma cachaça Nega Fulô e um café Mury
– Comprar mel no Apiário Amigos da Terra
– Explorar as trilhas e as montanhas do Parque Estadual dos Três Picos
– Paradinha para café, bolo e torta no Paraíso Verde, na estrada entre Mury e Lumiar
– Fim de semana em família no hotel Bucsy

Agora, a colaboração do querido amigo Diego Carmo, da Folha do Turismo, companheiro de muitas jornadas:

– Sugiro caminhar pela Pedra do Cão Sentado
– Ver quando possível o Veu da Noiva
– Fazer rafting em Lumiar
– Parar a poucos metros de Mury, ainda na subida da Serra, para apreciar a vista panorâmica
– Dançar forró em São Pedro da Serra
– E, por fim, saborear pizza com massa de aipim em Lumiar.
 

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Vamos subir a serra? Alguns dos programas mais gostosos em Petrópolis

27/01/2011

Museu Imperial: para ir com calma (e ver o espetáculo de Som & Luz, se possível)

Não sou tão espcialista assim em Petrópolis quanto em Teresópolis, onde já morei, tive casa e vou sempre que posso.
Mas, ainda assim, acho que deu para mostar uma listinha legal de programas imperdíveis na cidade, que é uma delícia.
 
– Visitar com calma o Museu Imperial
– Um jantar para dois na Locanda della Mimosa, de preferência passando a noite lá mesmo.
– Croquete de sanduíches de linguiça e salshicha na Casa do Alemão.
– Croquete de sanduíches de linguiça e salshicha na Pavelka
– Passeio de charrete pelo Centro Histórico
– Chorinho no Palácio de Cristal
– Comprinhas no Ateliê do Evandro Jr. e nas Cerâmicas Luis Salvador
– Trutas no Rocio
– Um passeio gastro-rural nos Caminhos do Brejal
– Visita à Catedral  em estilo gótico de São Pedro de Alcântara
– Um fim de semana tranquilo no Parador Santarém Marina
– Almoço de domingo na Pousada Alcobaça
– Fim de semana romântico na Tankamana (quando a poeira baixar no Vale do Cuiabá)
– Ver como era engenhoso (e meio maluco) Santos Domunt visitando a sua casa
– Comprar várias delícias do Mr. Paul para presentear amigos e parentes, e para nós mesmos
– Tapas, paella e cochinillo segoviano no Parador Valência
– Vinho à noite nas mesinhas do lado de fora do restaurante da Casa dos Sete Erros
– Curtir a saborosa estrada entre Araras e o Vale das Videiras
– Rabada no Trigo, bacalhau no Parrô do Valentim, cogumelos no Fughi d’Oro, massas e risotos no Il Perugino e clássicos franceses na Fazenda das Videiras
– Jantar no restaurante Imperatriz Leopoldina, no hotel Solar do Império
– Empadas da Pão & Pão, em Nogueira
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Vamos subir a serra? Os programas mais gostosos em Teresópolis

25/01/2011

Teresópolis tem o Dedo de Deus e eu não preciso falar mais nada...

Tenho recebido um monte de apelo, de amigos, hoteleiros, associações comerciais, donos de restaurante, e de todo o lado, pedindo para transmitir a mensagem de todos, pedindo para as pessoas voltarem a visitar as cidades da Região Serrana, duramente afetadas pelas chuvas fortes de duas semanas atrás.

Uma boa forma de ajudar esses lugares, principalmente Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. As duas primeiras tiveram problemas em lugares muito específicos e a vida aos poucos volta ao normal. Poucos pontos de interesse para os turistas foras afetados. A grande maioria dos restaurantes, hotéis, pousadas e lojas, enfim, todos os serviços estão funcionando normalmente apesar de toda a dor ao redor. Mesmo em Nova Friburgo, tão castigada pelas águas, ainda tem zonas que podem ser exploradas nesse momento, como São Pedro da Serra e Lumiar, fora da área afetada.

Enfim. Neste caso, viajar é ajudar.

Vamos lá.

Amanhã vou a Terê.

Então, aproveito para listar alguns dos programas preferidos por lá. E também publico os linhos dos posts que falam da cidade do Dedo de Deus.

Depois vou fazer o mesmo com Petrópolis e Nova Friburgo, lugares também muito queridos e que estão precisando, mais que nunca, além de donativos de toda a sorte, de turistas como nós. De Bom Jardim, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, não tenho dicas, mas elas são muito bem-vindas aqui, e queria fazer um post sobre cada uma delas. Portanto, dicas aqui na caixa de mensagem seriam ótimas.

Vamos subir a Serra?

Para inspirar deixo aqui uma listinha de coisas gostosas e imperdíveis em Teresópolis:

– Almoçar no restaurante Dona Irene

– As orquídeas, principalmente as silvestres, mas também as do Orquidário Aranda, imperdível

– Mergulhar na piscina natural imensa do Parque Nacional

– Comer bolinhos de bacalhau e pratos com esse peixe na Camponesa da Beira

– O Lago do Comary e os patos nadando nele

– Caminhar até o Soberbo para ver o Dedo de Deus, a Baixada Fluminense, o Rio…

– Cerveja, camarão ao bafo e polvo ao alho no Caldinho de Piranha (e o próprio)

– Beber uma água de coco (e quem sabe umas comprinhas?) na Feirinha do Alto

– Aproveitar de braços abertos e de camisa molhada um belo banho de chuva

– Acender uma lareira (dependendo, dá até para fazer isso numa noite fria de verão)

– Fazer um churrasco e beber um vinho, com sauna e piscina como acompanhamento

– Tomar um banho de cachoeira, andar na mata, ficar descalço, jogar bola…

– Apreciar os queijos da Cremérie Genéve com um bom Sauvignon Blanc

– Despertar com um sabiá-laranjeira cantando, e também os bem-te-vis

– O cheiro de chuva de verão, mistura de mata, terra e pedra que se evapora e perfuma o ar

– Não precisar de ar-condicionado pra dormir, mesmo no verão

– Almoço na Birosca Romana di Sandro

– O visual da serra no caminho de ida e volta, de preferência no carona

– A gostosa Rua das Castanheiras, a poética Cascata dos Amores, tocar a Pedra do Sino, andar no Caminhos das Borboletas e na Floresta do Jacarandá

– Caminhar na Serra dos Cavalos, na Verruga do Frade, na Pedra da Tartaruga, na Cota 2000, no Véu da Noiva

– Apreciar a beleza rígida da Mulher de Pedra 

– A parada, de lei, para uns croquetes e sanduíches na Casa do Alemão

– O ar, ainda puro

– Ter uma horta e um pomar, e um galinheiro se puder

– O Dedo de Deus, o Lago do Comary, os azulejos da Fonte Judith

– Um clima rural e bucólico, se a gente quiser – e também procurar

– Um bom cobertor, no inverno, e só um lençol, no verão

– Uma happy hour no Serginho

– Empadinha em pé na Queijaria Santo Antônio

Amo este lugar!
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Pequenos e exclusivos: hotéis, albergues e pousadas para se hospedar com charme e conforto no Rio de Janeiro

13/01/2011

A graciosa piscina do Santa Teresa Hotel: bairro é o que concentra o maior número desses meios de hospedagem cheios de bossa

Para os leitores desse blog vale publicar aqui o link para uma matéria que fiz lá para o site do Boa Viagem sobre meios de  hospedagem charmosas no Rio de Janeiro. Há desde pousadas pequeninas, como a Casa 32, no Largo do Boticário, com apenas três quartos, a hotéis como o Santa Teresa, com mais de 40, além de bar, restaurante e spa frequentados pela população da cidade.

Inês é morta… e a Quinta das Lágrimas

09/12/2010

Quinta das Lágrimas: cenário de uma das histórias mais lindas e trágicas de Portugal

“Ainda que eu falasse a língua dos anjos, que eu falasse a língua dos homens, sem amor eu nada seria”.

Esse verso de Camões é lindo. Porque o amor é tudo. Camões e o amor se entrelaçam no enredo da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, cenário dos mais bonitos de Portugal, com jardins belíssimos, e uma construção antiga igualmente linda. E com uma história ainda mais bela.

“Inês é morta”. Quase todo mundo conhece a frase, que é como dizer “não tem mais jeito, então bola pra frente”. Mas poucos sabem a sua origem.

Dom Pedro, neto da Rainha Santa Isabel, se apaixonou por Inês de Castro, que era ama da monarca.  Eles se casaram em segredo. Mas a família real era contra o casamento do nobre com a plebeia. Em resumo, ela foi assassinada, para o total arrasamento de Dom Pedro, que fez questão de coroar a amada e ainda mandou que os súditos lhe beijassem a mão.

– Agora não adianta. Inês é morta – disse-lhe o pai.

E o quem Camões a ver com isso¿ Pois a história é relatada no épico “Os Lusíadas”: lágrimas são a água e o nome amores, escreveu o autor.

A Quinta das Lágrimas foi batizada assim por causa da Fonte das Lágrimas, que teria nascido das lágrimas que Inês de Castro derramou quando foi assassinada. O sangue de Inês teria ficado nas pedras do leito do Rio, tingidas de vermelho ainda hoje, cerca de 650 anos após a história ter acontecido.

Hoje funciona no local um ótimo hotel da associação Relais & Chateau, inaugurado em 1995, o Quinta das Lágrimas, que tem até restaurante estrelado pelo Guia Michelin, o Arcadas. Tem, ainda, um campo de golfe dos melhores de Portugal, e também um SPA. Anota aí: vale a visita.

No mais, é dizer que por incrível que pareça, está complicado aqui o acesso à internet. Mas continuar tentando postar ao vivo.

Festival de trufas brancas e outras novidades no menu do Fasano al Mare

19/10/2010

Feliz da vida: Luca Gozzani apresenta as suas trufas

Já está aberta a temporada de trufas nos restaurantes do Grupo Fasano. A preciosa iguaria chegou a São Paulo na sexta e aqui no Rio no sábado. Luca Gozzani, do Fasano al Mare, está rindo à toa. Não só por causa dos tubérculos, mas porque ele está vibrando com a liberdade de criação que vem ganhando na casa.
 

O bar fica ainda mais belo à noite, todo iluminado

O chef, único do grupo a assinar um menu, está finalizando uma bateria de novos pratos para entrarem no cardápio nas próximas semanas. Cerca de 90% das receitas vão mudar, restando só alguns clássicos, como o ravióli de vitelo com seu molho e fonduta de queijo e o nhoque de azeitona com ervilhas e minilulas.
 
A liberdade que Luca ganhou de Rogério Fasano na cozinha está também na apresentação dos pratos, que agora podem ser servidos em louças diferentes, coisa que o clã tradicionalista nunca permitiu.
 
Ontem fiz um pequeno passeio pelas novidades (entre elas a chegada do querido Eduardo Ferreira para assumir o posto de sommelier deixado por Dionísio Chaves).

Carpaccio de peixe-espada sobre juliana crocante de abobrinhas e tartar de tomates no azeite de ervas: leve e delicioso

 
Depois do pãozinho de cebola caramelada e de uns grissinis foi apresentado este carpaccio de peixe-espada marinado no raíz forte servido sobre uma espécie de juliana de abobrinha e tomatinhos no azeite de ervas. Uma delícia. O peixe, muito fresco, tem uma carne rosada, delicada, não tão gordurosa como um atum nem tão magra quanto a de peixes brancos. A abobrinha dava crocância à coisa e os tomates, maduros, docinhos, davam acidez, molhando a receita.
 

Cavatelli de tomate com brócolis e pecorino curtido: simples e delicado

Então chegou este cavatelli de tomate com brócolis e um pecorino curtido por longo período. Simples, delicioso. Ainda mais na companhia de uma tacinha, na verdade, pouco mais que um dedinho só, de Vega Sicilia Único 1994, um esplendor. 

Tartine de funghi com creme de feijão branco e lascas de trufas brancas: a glória é esta

 
A etapa seguinte foi a glória: uma tartine de funghi sobre purê de feijão branco e muitas lascas de trufas brancas de Alba. O que dizer de algo assim? Começar a semana com Vega Sicilia Único e trufas de Alba não tem preço…
 
– As trufas esse ano estão melhores e mais baratas que em 2009. Tá vendo essas partezinhas avermelhadas. Essas são as melhores trufas – explica o Luca (essa eu não sabia mesmo: dá para ver na foto a coloração).
 
Além dos muitos pratos que vão logo logo entrar no menu, Luca Gozzani vai criar alguns menus degustação temáticos.
 
– Para o verão vou criar menus com peixes pescados no dia. Fiz uma parceria com um pescador que mergulha aqui em frente ao hotel, numa laje repleta de peixes. Ele sai do mar e vem direto aqui para a cozinha. A ideia é montar cardápios com seis ou sete pratos – conta Luca.
 
Entre outros pratos criados para o novo cardápio estão o ravióli de king crab, o tartar de peixe com aspargos e o filé mignon cozido no vapor e selado com maçarico, que fiquei doido pra provar.

Para encerrar, duas novas sobremesas, que me fizeram lembrar do recente jantar no Oro:

Tudo morango, uma seleção de receitas com a fruta

Tudo morango, como a fruta cozida no vinho branco, em forma de mousse, chantilly, merengue e tuille… e

Tudo avelã: pão-de-ló em Frangélico, terrine em crosta de pistache, quenelle de nutella...

 
… tudo avelã, na verdade chamada de sinfonia de nocciola, uma seleção com pão-de-ló de avelão com Frangelico, terrine em crosta de pistache, quenelle de gianduia e creme de mascarpone crocante.
Belezura.

Luca é amigo do Felipe Bronze e foi um dos primeiros a provar o novo cardápio da casa:

– Mas eu criei essas sobremesas antes, hein – disse Luca, brincando.

O café, por favor: pratinho ao lado é uma perdição

Depois disso tudo, nunca dispenso o café. Não só porque ali ele é bem passado, mas também pelo pratinho de docinhos que lhe acompanha: a tuille de amêndoas e a massinha de chocolate recheada com creme de maracujá são as minhas favoritas. E o macaron de morango também fez bonito…

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