No final do ano passado eu estive no Galeto Rainha.
Adorei e fiz post aqui.O Grupo Irajá está fazendo dez anos e eu sou fã do trabalho do Artagão.Joga nas 11. Faz burgers e pratos clássicos com o mesmo talento com que cria menus autorais.No fim, serve comida gostosa de verdade.
O bife ancho acompanhado de petisco que é ótima guarnição: os bolinhos de mandioca com queijo – Foto de Bruno Agostini®
Abriu as portas na última sexta, pertinho do Maracanã, a nova casa do chef peruano Marco Espinoza. Uma parrilla de acento portenho e com tempero brasileiro.
Bom dia! Quando criança, nos fins de semana, sempre ia tomar café da manhã reforçado com meu pai numa casa de sucos na praça General Osório, em Ipanema, antes da praia.Eu variava os pedidos, que podiam ter salada de ovos, misto quente e suco de manga ou pera, entre os itens preferidos. Mas o que mais gostava e comia era o filé com Palmira, este queijo cujo nome homenageia uma cidade mineira, hoje rebatizada de Santos Dumont, origem da versão brasileira do Edan, que serve de inspiração para ele, também conhecido como queijo reino, de massa semidura e casca avermelhada, tradicionalmente embalado em latas de metal com bonito acabamento gráfico. O queijo Reino Palmyra, grafia original, é muito comum no Brasil desde os tempos do Império, quado começou a ser produzido, inspirado no Edan holandês, que fazia sucesso aqui entre as famílias mais ricas, importado por portugueses, que o armazenavam em barricas de vinho do Porto, daí a colocação tinta da casca (aqui passamos a usar urucum).
A Bélgica é um dos países onde melhor se come em todo o mundo. Tem um índice de estrelas Michelin per capta entre os maiores. Senão o maior, caso de Bruxelas. Apesar da tradição cervejeira são grandes importadores de Champanhe, por exemplo, e de outros vinhos caros.
Mesmo assim, ninguém aqui no Brasil dá muita bola para a cozinha belga. Mas os franceses dão… Existe uma famosa e imensa rede chamada Léon de Bruxelles, especializada no prato, e espalhada por todo o país, incluindo as áreas mais nobres de Paris, como a Avenue Des Champs Elysées. Deixo o link para o site: www.restaurantleon.frO chef Fred de Maeyer, dos melhores do Rio, é a prova de que belgas cozinham muito.O prato mais representativo da cozinha do país atende pelo nome de moules et frites, ou simplesmente moules frites. São mexilhões cozidos em caldos perfumados, servidos com batata frita. Achou estranha a combinação? Então, só digo uma coisa: vai provar.
A entranha, corte preferido no momento – Foto de Bruno Agostini
Já faz mais de dez anos que escrevi um dos posts de maior sucesso no blog #riodejaneiroadezembro (hoje hospedado aqui neste site: para ver todos os posts, clique neste link aqui).
Tinha o seguinte título: “Porcão: modo de usar”.
O texto (neste link) vale até hoje e pode ser aplicado a qualquer churrascaria rodízio, como a Palace, sendo que cada lugar tem suas especificidades, obviamente.
De forma geral, o que pode ser aplicado a qualquer desses restaurantes marcados pela fartura é o seguinte.
1) Chegue o logo chame o maître. Diga que vai deixar a bolacha no vermelho, e que prefere ir pedindo corte a corte, preparado à sua maneira.
2) Pergunte sobre os cortes especias da casa, e a respeito de itens marinhos, como ostras e camarões e peixes, que ficam ótimos na brasa.
3) Explore cortes mais raros e os mais caros. Nessa segunda categoria se enquadram french rack, picanha, prime rib e carnes como javali, pato e jacaré. Evite frango, linguiça e pastel, sobretudo coisas como lombinho no queijo e coração…
Demorou um pouco até a gente entender que cozinha japonesa não se resume a sushi e sashimi. Muito pelo contrário, aliás.
A tradição gastronômica do país tem raízes antigas, forte influência chinesa e outras inspirações culinárias até mesmo inimagináveis: pois sabias que os tempurás são receita de origem portuguesa, que chegou até o Japão via comerciantes que viajavam para a Ásia, tendo Macau como entreposto. Pois pois…
O karê (curry, influência indiana) de porco é um dos pratos mais adorados pelos japoneses, especialmente as crianças, que comem o encorpado, bem condimentado e perfumado caldo de vegetais, servido com milanesa suína, ao menos uma vez na semana, na merenda escolar. Tão amado é o prato que em 1982 ele virou data especial no país: sim, no Japão este é o Dia do Karê.
Para além de São Cristóvão da cinquentenária e famosa “Feira dos Paraíbas”, o bairro de Bonsucesso abriga outra referência da cultura e da gastronomia nordestina, mas essa ainda é quase um segredo entre os moradores da Zona Sul e turistas. O Chapéu de Couro não chega a ser um restaurante conhecido, mas merecia. Inaugurado em 1993, sob o comando do cearense Raymundo Pereira, um desses bravos que vieram pro Sudeste em busca de emprego, serve a melhor carne-de-sol da cidade, em distintas versões.
O gran piatto di mare, para até três petiscarem – Foto de Bruno Agostini₢
“O Satyricon nasceu em 1983, em Búzios, e pouco tempo depois chegou a Ipanema. Desde então, é o melhor restaurante de pescados do Rio, quiçá do Brasil. Numa cidade litorânea, é uma pena que haja poucas casas dedicadas aos peixes e frutos do mar. O Satyricon é um porto seguro. Algumas especialidades estão ainda vivas, mantidas em aquários. Outras, reluzem fresquinhas, entre pedras de gelo. O menos, ali, é mais. Lagostins chapeados com azeite de limão e alho, pargo ao sal grosso, cherne alla “belle meunière”… Um festival de receitas com perfil mediterrâneo, seleção de pratos certeiros para explorar as iguarias marinhas. Entre tantas variações com acento italiano, a melhor pedida é um dos clássicos do restaurante, um apanhado de receitas com o sugestivo e acertado nome de “Gran Piatto di Mare”, definido apropriadamente como “festival de frutos do mar”, que serve duas e até três pessoas.”
ATENÇÃO! Para o final de semana estamos com dois festivais: um selvagem e outro marinho: javali e robalo (na foto – e Bruno Agostini₢ – o robalo ao molho perfumado de vinho Vernaccia.